Você sabe onde as coisas acontecem em sua empresa?
Muitas vezes mergulhados nos processos e dinâmicas do dia a dia, os gestores/colaboradores não conseguem enxergar fora da caixa e nem respirar novos ares em busca de solucionar problemas ou atingir metas.
Daí aparece a necessidade de contratar uma consultoria especializada na área com deficiência na empresa.
Com isso vem alguns desafios pois, por mais que o consultor seja especializado em determinado assunto ele deve se atentar que cada negócio é um negócio. Ou seja, cada negócio tem a sua especificidade e identidade própria formada pela cultura da empresa e temos que ser humildes em aceitar e entender isso.
Quando não vemos dessa forma, o que acontece são os projetos das consultorias de gaveta, relatórios prontos onde se apresentam pilhas e pilhas de papéis, onde só mudam-se os nomes dos clientes mas, a receita do bolo é a mesma.
Muitas vezes, por sorte ou não, a solução empírica pode até estar lá, mas não tem quem execute ou quem se discipline a mudar sob forma de contracultura os processos atuais.
Acabam-se muitas vezes passando o treinamento, mas não a capacitação, mas enfim, isso é assunto para outro artigo.
Existe um termo japonês chamado de gemba, que significa lugar real, lugar aonde a coisa acontece.
O colaborador, gestor e até mesmo o consultor, não pode ficar estagnado em seus escritórios e salas conjecturando soluções apenas por princípios acadêmicos e teóricos.
Às vezes até sabem da existência desse lugar, mas não tomam nenhuma atitude porque falta aplicarem outro conceito que sem ele, apenas saber da existência do gemba não resolve muita coisa.
É o conceito genchi genbutsu
Vá e veja.
Se tem problema ou metas a serem batidas na manutenção, no escritório, no compras, almoxarifado, produção, financeiro, etc… não adianta discutir, discutir, discutir e solicitar mudanças sem ir até o local verificar, analisar e planejar, vendo exatamente o que está acontecendo, sentir na pele a rotina do funcionário, enxergar a sua necessidade, ver a execução do seu trabalho e o problema de fato surgindo.
Aí sim além de termos o conhecimento empírico teremos o conhecimento tácito, o que nos proporciona ganhar o respeito pela equipe ao qual estará muito mais aberta, além da sua inclinação a proposição de melhorias significativas em suas áreas.
Os colaboradores precisam ver os consultores como professores e os consultores precisam ver os colaboradores como alunos, e neste aprendizado contínuo os dois aprendem e os dois ensinam.
Assim o nosso time acredita que deve-se trabalhar.
Pegando nas mãos, aprendendo e ensinando juntos nessa via, que é de mão dupla.
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