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“Visando diminuir a sazonalidade, o Timeshare atua como um “colchão” para cobrir custos operacionais nas épocas de menores taxas de ocupação, garantindo assim, durante todo o ano, taxas de ocupações melhores.”


O Timeshare nos últimos anos vem se expandindo de forma exponencial no mercado de turismo brasileiro. Essas mudanças são oriundas do aquecimento do turismo no país, visto que as organizações hoteleiras estão buscando um desenvolvimento eficiente e eficaz em seus processos para manter seu negócio sustentável durante todo o ano.

O conceito de timeshare é percebido facilmente em nosso cotidiano, basta olharmos a implantação de políticas públicas de mobilização urbana nas grandes cidades do país.

O timeshare nada mais é que o compartilhamento de uma propriedade para uso coletivo.

No Rio de Janeiro, por exemplo, foi implantado o sistema de bicicletas compartilhadas, onde mais de um usuários pode usufruir do meio de transporte sem ter que comprar. Isso torna o uso barato ao consumidor e rentável ao fornecedor.

Maximizando essa ideia e fazendo um paralelo com a hotelaria, é isso que ocorre.

O timeshare é o uso compartilhado de uma unidade hoteleira de forma econômica por um período determinado em contrato de uso de direito de imóvel.

Sabemos que existem sazonalidades no turismo. Por exemplo, os meses de férias da escola são o período em que mais as pessoas viajam para lazer. Aproveitam as férias dos filhos e o recesso do trabalho para viajar e ter experiências diferentes.

Basta observar os sites das companhias aéreas para notar o quanto os preços de passagens se tornam mais caros em determinados períodos do ano.

Visando diminuir essa sazonalidade, o timeshare vem como um “colchão” para cobrir custos operacionais nas épocas de menores taxas de ocupação, garantindo assim durante todo o ano, taxas de ocupações melhores.

Em alguns hotéis por exemplo as taxas de ocupação saíram de 25% em baixas temporadas e alcançaram a incríveis 60%, o que denota que o produto, cada vez mais, torna-se rentável tanto ao consumidor quanto ao proprietário do empreendimento.

Outro benefício desse sistema é a antecipação de valores, o que ajuda a pagar os custos operacionais e ainda manter uma rentabilidade do negócio em períodos bastante complicados para o turismo. Em contra partida o hoteleiro tem a certeza de dinheiro em caixa para arcar com seus compromissos, sem ter que recorrer a auxílios bancários ou outros tipos de tomada de créditos.

Em época de recessão, o timeshare torna-se um forte aliado para economia do negócio. Se um cliente já pagou de forma antecipada suas férias e pode usufruí-la, porque não aproveitar esse benefício com a família.

Então nos perguntamos. Como um cliente que já pagou o seu contrato, a empresa já recebeu o valor e com certeza deve ter investido, vai gerar receita pro negócio?

O timeshare é venda apenas de direito de uso, ou seja, hospedagem. Logo o cliente no hotel ou resort vai querer agregar produtos e serviços a sua viagem, sem contar que a probabilidade desse cliente renovar é muito grande.

O timeshare é o investimento mais apropriado em épocas de recessão econômica para a hotelaria, o que fortalece cada vez mais o desenvolvimento sustentável do negócio, mantendo um nível de rentabilidade adequado ao negócio sem preocupar-se com o que pode acontecer.

Um hotel tem como seu principal objetivo vender hospedagem, se as taxas de ocupação mantêm-se e os clientes estão indo ao empreendimento, com certeza o negócio está trilhando para bons caminhos.


Por Renan Azevedo

Consultor de Resultados na Consultoria CG

Surgimento do Timeshare no Mundo

O conceito do timeshare surgiu na Europa no ano de 1964. A ideia inicial foi um acordo entre alguns clientes que adquiriam a compra de 52 cotas iguais e dividiam a responsabilidade pela manutenção das cotas.

O sucesso foi tão grande que o mesmo conceito se expandiu geograficamente a partir dos anos 70 para outras localidades do mundo.


Chegada do Timeshare no Brasil

Na década de 80 o conceito chega ao Brasil como uma nova oportunidade e aguçar o desejo dos brasileiros viajar.

Algumas empresas não “venderam” o conceito de forma correta, o que gerou uma certa repudia por parte dos consumidores a respeito desse modelo.


Consolidação do Modelo no Brasil

Nos últimos 20 anos percebe-se uma mudança de hábitos e consumos das populações latinas, principalmente no Brasil.

Atualmente a viagem se tornou algo rotineiro, o que ajudou a fortalecer o conceito e expansão do modelo de negócio no Brasil.

Em 2008 como forma de fortalecer cada vez mais as relações de consumidores e prestadores de serviços, foi criada a lei 11.771 denominada a Lei Geral do Turismo.

Outro fator relevante para a consolidação do modelo no Brasil nos últimos anos, foi a inserção de grandes redes hoteleiras e marcas com alta credibilidade envolvidas na indústria de tempo compartilhado.

Isso ajudou bastante outros empresários e até consumidores a ter uma melhor aceitação do produto e dirimir as desconfianças causadas na década de 80, quando o modelo iniciou no país.


Atual momento do Timeshare no Brasil

 

O Brasil vem vivendo uma recessão econômica nos últimos 2 anos. Taxa de desemprego alta, cotação do dólar alto, são alguns fatores que divergem para ajuda do crescimento de qualquer segmento do mercado.

 

E como fazer o negócio crescer em meio a uma recessão econômica?

O timeshare trabalha com o conceito de vendas antecipadas de diárias de um período de X anos. Essa quantidade de tempo depende de cada projeto.

Um empreendimento que adota a venda de tempo compartilhado pode gerar um aumento inicial em sua taxa de ocupação, o que ajuda a diminuir os períodos de sazonalidades, além de melhorar a taxa de ocupação.

Esses fatores ajudam a aumentar a ocupação sem prejudicar outros canais de vendas, uma vez que, na sua maioria dos projetos existentes no Brasil, apenas uma parte do hotel é destinada ao clube de férias (como é conhecido também esse modelo de negócio).

Ora, se existem clientes dentro de um hotel ou resort, fica mais fácil de estimular o consumo. Para o hoteleiro a venda antecipada de hospedagem, garante ao empreendimento um volume sustentável de seu fluxo de caixa, permitindo fazer investimentos a curto e a longo prazo.

Em 2016 a maior comercializadora de Timeshare no mundo entrou no mercado brasileiro. Visando a oportunidade que se tem e o fator geográfico, contando com excelentes locais que apresentam bom fluxo turístico, a empresa vê com bons olhos o crescimento da indústria no país.

O Brasil é um país com um excelente potencial econômico, com a ascensão das classes B e C , a tendência é que mais pessoas tenham o desejo e a necessidade de viajar, em paralelo o dever dos grandes empresários é criar estruturas para ajudar no crescimento do negócio de forma sustentável.

Por Renan Azevedo

Consultor de Resultados na Consultoria CG

“MEDIR É IMPORTANTE: AQUILO QUE NÃO É MEDIDO NÃO É GERENCIADO”

Kaplan, Norton.


A importância de indicadores de desempenhos nas organizações, ou em uma linguagem mais técnica, denominada de KPI (Key Perfomance Indicator),  é um assunto que vem sendo abordado nos últimos anos pelos grandes CEO’s das empresas e estudiosos de gestão.

Isso deve-se à ideia defendida por Deming de que: “Não se gerencia o que não se mede”. Ou como Kaplan explanou, de uma forma até mais completa: “Medir é importante: o que não é medido não é gerenciado.”

Os indicadores estão diretamente associados à utilização dos dados e informações para auxílio na tomada de decisões, e no Timeshare não poderia ser diferente.

O Timeshare é uma operação complexa com excelentes retornos financeiros para os acionistas. O hoteleiro quer investir e garantir o “payback” o mais rápido possível.

O monitoramento e estudos dos indicadores é quem garante o sucesso de uma operação de timeshare ou qualquer outro tipo de negócio. Para isso, os indicadores devem estar diretamente ligados a operação, entenda-se aqui como sendo desde o marketing ao pós-vendas, para que todas as áreas juntas  possam demonstrar a evolução dos resultado esperado dentro do foi planejado.

O timeshare é uma operação de negócios a longo prazo. Em alguns casos, como o Disney Vacation Club, existem planos vitalícios, logo, a gestão de seus indicadores devem estar bem alinhados e controlados, garantindo o crescimento e manutenção do negócio.

É muito importante o acompanhamento histórico alinhado sempre à meta. O indicador por si só não gera energia para melhoria contínua.

Dentro do Timeshare as operações são subdivididas em dois momentos: A venda e o pós vendas. Esse último é até mais delicado, pois a gestão a longo prazo de uma carteira de clientes, demanda um maior controle dos seus indicadores, para assim garantir o desenvolvimento sustentável do negócio.


Seguindo a cadeia produtiva do Timeshare, aprofundando mais em todas as fases do negócio, iremos comentar no próximo texto como os indicadores de desempenho alinhada à Gestão para Resultados tem revolucionado a manutenção e a entrega do serviço garantindo a sustentabilidade e satisfação das partes interessadas.


Por Renan Azevedo – 

Consultor de Resultados na Consultoria CG