O supervisor como guardião do Gerenciamento da Rotina
Dentre as funções do supervisor, aqui entendemos como sendo o primeiro nível de liderança dentro de uma organização, a de ser professor talvez seja a mais importante de todas.
O papel do supervisor
Não é essa a única e exclusiva função do supervisor, outra de extrema importância é a de gerente de recursos humanos. Todo líder exerce essa função e deverá se capacitar para tal. A de professor é, sem sombra de dúvidas, a que garante mais efetividade (eficácia e eficiência).
Fazer a coisa certa e certa a coisa depende diretamente do conteúdo repassado pelo supervisor à sua equipe. Quando falamos em conteúdo, nos referimos à capacidade de transferência de conhecimento do supervisor à sua equipe, seja ela por exemplo ou por empirismo.
O supervisor é, na maioria das vezes, o responsável pela Unidade de Gestão Básica (UGB), ou por mais de uma. O mais importante é que ele exerce a função de ser o guardião da micro gestão daquela unidade.
O supervisor deve sempre se preocupar com as atividades de sua equipe, ficando muito próximo do ambiente de trabalho e percebendo suas necessidades, propiciando velocidade e apoio para resolução de problemas. Assim, fica muito mais rápido e fácil encontrar as soluções mais apropriadas.
O supervisor na manutenção do padrão
As organizações são divididas em gerenciamento da melhoria e gerenciamento da rotina, sendo o supervisor o responsável pela manutenção do padrão.
Além de treinar a função de operação, ele verifica se está sendo cumprido os procedimentos operacionais padrões. Quando há desvio do padrão estabelecido, ou seja, surgimento de anomalia, ele faz os registros pertinentes reportando o ocorrido para a função gerencial.
O supervisor na análise de problemas
Além desse reporte, o supervisor é responsável pela condução na análise das anomalias. Esse trabalho é feito sempre em equipe, atacando as causas imediatas e, em algumas vezes, aprofundando esse estudo e encontrando a real causa raiz de um problema.
O aumento de produtividade está ligado diretamente à quantidade de anomalias: quanto maior o números de problemas, menor a produtividade.
As anomalias só serão eliminadas pela ação das funções operação, supervisão e gerenciamento. Quando existem anomalias em excesso, o tempo da operação é investido em apagar incêndio e não em melhorar os processos, ou seja, atingir metas.
Temos acompanhado em inúmeros projetos que implantamos no mais diversos segmentos, que a Gestão para Resultados só sobrevive quando temos um forte gerenciamento da rotina.
Não se pode falar em melhorias sem antes garantir que os padrões foram estabelecidos e que está sob controle e domínio da equipe operacional. Esse domínio é garantido através de um bom diagnóstico da gestão pra validarmos o nível de segurança e manutenção do padrão.
Uma vez cumprida essa fase o supervisor reúne a equipe pra negociação de novas metas, identifica e elabora os treinamentos a serem cumpridos, treina a equipe, checa se os padrões estão sendo utilizados, faz os ajustes caso seja necessários ou torna-os rotineiros levando a empresa a novo patamar (mudar o padrão).
Gerenciar é atingir metas. Não existe gerenciamento sem metas. Para atingir as metas de melhorias, é necessário estabelecer novos padrões ou modificar os padrões existentes.
Segundo o professor Vicente Falconi: “Gerenciar e estabelecer novos padrões, modificar os padrões existentes ou cumpri-los. A padronização é o cerne do gerenciamento.”
Assim sendo, temos que repensar constantemente o papel de nossos supervisores atribuindo à eles a responsabilidade no cumprimento das metas padrão, bem como, de ser o guardião do gerenciamento da rotina. Qualquer atribuição diferente disso é disfunção.
Por Cláudio Gonçalves
Consultor de Resultados na Consultoria CG
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